Coroné endoidou Infernizou o povoado Machucou inocentes no tronco Pra saber quem roubou o seu gado Que quereis, Coroné? Que quereis, Coroné, qual é? Abanar a banca deste jeito tão cruel No teu ombro as estrelas chamadas Conseguidas com tanta mancada Com fardas do azul do meu céu Nada consta neste teu chapéu No teu peito, os pelos, a tirania Nem Lampião lá do norte Abusou tanto da sorte Apesar da rebeldia Coroné endoidou Enfeitiçou o povoado Machucou inocentes no tronco Pra saber quem roubou o seu gado