Mate grande fogo aceso no interior do galpão Pensamentos que se vão nostálgicos e dolentes Com aparições freqüentes, entre imagens e silvidos Trazendo aos olhos e ouvidos as coisas que estão ausentes Armas brasões e bandeiras tudo fica retratado São fantasmas do passado que vivo ainda permanece Sumindo quando amanhece por entre as serrações Voltando a noite aos galpões pra que o ritual recomece Voltando a noite aos galpões pra que o ritual recomece Parecem sair do fogo se fundindo com a fumaça Passagens da nossa raça se espalhando no galpão Constante transformação vão se mudando as figuras Pintando a imaginação tendo a pampa por moldura São portas que se escancaram luzeiros sem lamparinas Bruxas trançando crinas da potrada caborteira Do litoral a fronteira se espalhando nas fazendas Causos, contos e lendas e o medo da sexta-feira Ao tronco largo dos anos mais de um século passou A história continuou antes, durante e após Nos tios, nos pais e avós, em cada quarto de lua Porque a história continua e quem muda somos nós Porque a história continua e quem muda somos nós Parecem sair do fogo se fundindo com a fumaça Passagens da nossa raça se espalhando no galpão Constante transformação vão se mudando as figuras Pintando a imaginação tendo a pampa por moldura