Em terra de prego Quem tem martelo é rei Em guerra de cegos Vendem tesouras Enterram teu credo Adubam teu medo Segue cego o homem de sangue seco E parafuso solto Sacando Sks Sos Sós Raios ultra-violentos vem nos torturar Cólera no verbo que só sabe cortar Voz de criado-mudo pra silenciar tantos absurdos Em terra de surdo não pare de cantar Dai um pouco desse doce nesse mar de sal Mar de sal, mar de sal Cloreto de sódio Sódio, sódio nos afogará Sódio Só ódio Em tempos de fogo, água pra beber Em tempos de guerra, vento pra dançar Em tempos fúria, criança pra brincar Oxalá, assim será Em tempos de fogo, água pra beber Em tempos de guerra, vento pra dançar Em tempos fúria, criança pra brincar Oxalá, assim será Em tempos de chaga, amigos pra poder curar