E mais uma vez eu sou aquele que luta e põe a cara, eu sou aquele que tem garra e que nunca para, eu sou mais um nesse mundo gigante tão desafiante, se eu sobreviver ao dia eu volto triunfante. Em casa, eu me preparo para um novo dia Em casa, eu sou a minha maior companhia Em casa, eu me protejo mas sinto um presságio, eu tô no mundo devastado por esse contágio. Eu vejo quem vira caça dessa selva urbana, eu vejo quem te apunhala quando avista grana, eu vejo cem que não vale nenhuma amizade, no vai e vem, quase perco a minha sanidade. Quando tu vive a fúria, se torna diferente Quando tu vive o medo, a solidão te ferra Quando tu vive a dor, tu muda a sua mente E se nunca conhece a paz, então tu vive a guerra. Quando eu me contagiei eu tentei melhorar, quando eu me desanimei eu tentei me curar, um paciente precisando de um jeito pra dor, eu até tentei sorrir só que não adiantou. É tipo um vale tudo só que eu não irei a lona, nem vem com ilusões, aqui isso não funciona. Eu me protejo como posso dessa pandemia, se precisar eu mesmo faço a minha cirurgia, existem males nesse mundo, ninguém controla, pelas calçada, pelas ruas, pela escola, te desanima, te fere, te aprisiona, te faz sangrar, te muda, decepciona. Já pus minha máscara, não adiantou eu já tentei me conformar, não adiantou eu já tentei ignorar, não adiantou e quando eu parei pra chorar, isso me lavou. Eu me sinto uma lenda, mas não me entenda mal Até às lendas choram, eu sei que isso é normal Ontem lembrando disso, eu me emocionei lembrando dessa história e de tudo que eu passei. Quando eu me contagiei eu tentei melhorar, quando eu me desanimei eu tentei me curar, um paciente precisando de um jeito pra dor, eu até tentei sorrir só que não adiantou. E foram várias tentativas, quedas e fracassos Superando tudo, planejando os meu passos Eu me enganei demais, eu mesmo me ceguei Eu me perdi demais, então me adaptei Dentro da escuridão, cada luz que bate afasta Fecho meu coração, amizades-dei um basta Por fora parecido, por dentro diferente, olho tanto para o passado, que não vejo a frente. Me diga quem se sente imune nesse mundo Me diga quem não duvidou nem um segundo Me diga quem nunca passou a noite em claro, quem é tão resistente que nunca teve reparo? E nessa onde de contágio muitos vem e vão e nessa onda muitos mais se contaminarão. Eu sigo persistente, não me entrego agora Eu vou lutar até chegar na minha última hora. Quando eu me contagiei eu tentei melhorar, quando eu me desanimei eu tentei me curar, um paciente precisando de um jeito pra dor, eu até tentei sorrir só que não adiantou.