Eu moro no rés-do-chão Com vista para a recepção Para ver se bate à porta a sorte de a ver chegar Dona do primeiro direito Que me dá uma dor no peito Com esse seu defeito de não ser do meu andar Então traço um grande plano Que me esqueço ou que me engano Sempre que a vejo assim Ali parada No meio do hall de entrada Por não querer ir de escada Só para me ver a mim Assim começa a nossa história de amor Nós os dois, mais os botões deste nosso elevador O piso sobe, a roupa desce e o calor Chega para aquecer a nossa vida seja em que andar ela for Ai já devia haver vacina Para curar a minha sina Que o raio da vizinha Teima em amaldiçoar De que vale estar tão perto Ser um amor quase certo Se depois entre nós dois há sempre um tecto a atrapalhar Saio logo de mansinho Para cruzar o seu caminho E poder vê-la assim Ali parada No meio do hall de entrada Por não querer ir de escada Só para me ver a mim Assim começa a nossa história de amor Nós os dois, mais os botões deste nosso elevador O piso sobe, a roupa desce e o calor Chega para aquecer a nossa vida seja em que andar ela for