O sertão morre de sede Ate um jarrinho na parede Falta água pra molhar... A cacimba não vigora É a seca que lá mora Fazendo o chão rachar... Acabou-se a cantoria Não tem mais aqueles dias Que alegrava nossa gente... Não ouço o canto de graúna Já secou a baraúna O sertão ta diferente... Tenho motivos Pra ir embora Nuca mais olhar pra trás Morre de sede No sertão não morre mais Nem ver a seca Acabar com a plantação... Mas a saudade Em poucos dias Em minha porta vai bater Vou definhando Até um dia morrer Com tanta água E engolindo a solidão...