A cabeça presa no peito Quando eu troquei os pés pelas mãos As asas derretem de um jeito Que o Sol mantém os meus pés no chão Queira ou não Nasceu ontem logo um sujeito Que cria asas de papelão E aponta pra cima o dedo enquanto Você se joga no chão Queira ou não Te jogam no chão Irmão, não dá mais pra ficar Pra aguentar o desfecho A tensão, a pressão A separação é tão Mas a cabeça cai do pescoço A tinta escorre no papel cartão As mãos todas sujas de lodo, do poço O esgoto limpa fácil o salão Ratazana do porão (Sem remédio, sem razão) Irmão, não dá mais pra ficar Pra aguentar o desfeito A tensão, opressão A separação é tão Águas passadas que fogem nos dedos Como quem tem razão (ou não) Ou não E agora suas asas pegam fogo Fogo amigo levando o caixão Leva seus filhos O seu laranjal Escuta o aviso final O brado do sal A pá de cal