Quem sabe um dia Serei feliz vivendo na periferia Bate forte a vontade de matar Burguês safado cola aqui só pra cheirar Não pisa na minha área Que eu não piso na sua Vai assustar com volume de baixo da blusa Seja um malandro esperto Respeita os mais velhos Seja sábio de olho aberto Não confia de mais Por toca fita tem uma pá no cemitério Aqui é zona oeste de nova contagem Piolho se fode atrás de crocodilagem Rap nacional, essência dos anos 90 Aqui ninguém nos cega Não toco na mídia para aparecer Pra cuzão balança o rabo Foda-se a TV Quem sabe um dia Serei feliz vivendo na periferia A aula termina na delegacia com denarc Planejando abater o crack e a cocaína O mestrado termina no banco Com a elite querendo seu crânio Não seja só mais uma medalha Dos porcos por mérito Visão de águia no campo de extermínio Sou Vitor, ativista, canto som suicida Quem sabe um dia Serei feliz vivendo na periferia