No mei do alvoroço todos correm pra se achar E a beleza do esperar, tão maltratada que ficou em extinção Insatisfeitos, incomodam para a sorte vir mudar Esquecendo de se lembrar que são imagem, não pintor E agora o que farão? Pera aê Ela vai dizer Pera aê Ouça sua letra Olhai As aves não conseguem acumular Os grãos que acham não têm onde guardar E elas nem morrem E aquele rei foi o mais rico e sábio que já vi Mas nunca se vestiu como um lírio Um simples lírio Quanto a vocês Têm tão pouquinha fé para entender Que o ocaso é invenção dele Invenção dele Um simples lírio é todo dele O rei é dele E até mesmo a vida Até de uma outra vida Se tu não entendeu, eu vou explicar Eu falei Falei de tu, neguim Eu falei de tu Falei de tu Dessa tua vida de gaiola pra cá, pra lá e só Mas passarin que é passarin nasceu pra bater asa, voar e cantar ah Bem-te-vi, quem te viu, quem te verá Bem-te-vi que sabia assobiar, tu sabia? Vive agoniado pra certo se findar Perdendo a honraria de depender de quem amou De quem ama Se mata atrás das coisas e diz que é assim Mas ele diz é larga os troços e agarra em mim Que eu dou força pra tu segurar, neguim Dou força pra articulares