Vejo o mundo do avesso Liberdade não tem preço Mas a fome que me invade Contradiz-me na vontade De ser o melhor que posso No que faço, até ao osso Ser rastilho e amizade Amor que brilha, amor de verdade Tenho meedo Há quinhentas noites que tenho medo Que o Sol desista de nós E deixe de vir manhã cedo Vejo o mundo do avesso Nem tudo tem um recomeço E a água já vem tarde Se a cidade em chamas arde Tenho seede Há quinhentas noites que tenho sede Tu e eu temos de ser mais Que peixe-preso numa rede Vejo o mundo do avesso E só nesse abraço esqueço O desassossego de ir à pressa A vida toda, como promessa Tenho frio Há quinhentas noites que tenho frio O amor tem de ser mais Que uma noite, um desvario Tenho fome Há quinhentas noites que tenho fome O nosso laço tem de ser mais Que Facebook. Com