E no mais denso, tenso é depender do senso comum Nunca vi nenhum anjo, mas conheço alguns Ou achei que conhecesse? Independente do que acontecesse? Oh, essa é clássica, mágica Palavras que despareceram de forma trágica Antes que anoitecesse Nutrindo o interesse Meio sem cor, um tanto abstrato Só o vermelho e dor junta ao traço cinza e básico Como bicarbonato Salgado como sódio Manifestando o ódio Camuflando a podridão com o mais gelado banho de ródio E pra que ficar no pódio? Se o caminho é semelhante Se não for é irrelevante Se é merecido quem vai dizer que tu és errante? Sempre distante, atento Talvez o pecado seja desistir por temer o julgamento Diamantes, tirando os valores que carregam os sedimentos Brilhante sofrimento, brilhante sofrimento Decide, é tudo seu ou cê divide? Quantas vez cê já foi humilde? Pelo prazer de ver feliz quem você convive Mas se decide, veio viver ou sobrevive? Nunca mantive, laços por enfeite Corro com os meus iguais que cê diz ser diferente Mas oh, anda ló, que o veneno ainda circula Da febre fez-se a cura, eu prefiro a carne crua Eu sei que é difícil conviver, e entender que é só você Pela janela do hospício, esse mundo que assisto Pelo visto você assistiu pela TV Quem sou eu pra lhe dizer, o que cê vai fazer? Se seu vício é ouvir por não ter quem recorrer E prevalece sua verdade, pra ser covarde Era só deixar alguém se envolver Decide, e olha pelo canto do olho, e vem, tá de molho? Não mofa que a vida num é marofa Não se encafofa, que o sol lá fora já tá se pondo Vejo vários se decompondo, e uns pressupondo que é o ciclo Do pobre fez o se o rico?. Fez-se o mito Do pobre fez-se o mundo Mas pobre memo é viver contente, satisfeito com o fundo Pensamento moribundo, licença vagabundo Tô mais do que decidido Já enjoei desse silêncio acompanhado de uns latido Decide, é tudo seu ou cê divide? Quantas veiz cê já foi humilde? Pelo prazer de ver feliz quem você convive Mas se decide, veio viver ou sobrevive? Nunca mantive, laços por enfeite Corro com os meus iguais que cê diz ser diferente E você? Já decidiu? Vai decidir? Tá osso né? Demoro Complicado, decida-se você por que eu tô um tanto estagnado Pseudo-julgamento que no fim peço alterado Fruto da sua escolha, nutrindo A minha palavra eu preencho minha folha Independente dos alheios Na disputa, não pago a multa, aprendi a pisar no freio Por do sol que é a porta Pra descobrir o porque que é que você veio Cronometrando, pensando no tempo que ainda nos falta Solto a rede ainda em baixa, procurando maré alta Esqueço a pauta, e quantos se esquecem da pergunta? E a resposta sai meio na flauta Só que não no assopro, de salteado e cor Pior é empurrar a decisão pro outro Não justifica, ou tu desiste ou você fica Tomar sozinho é fácil, quero ver dividir a bica E quando complica? Que se foda o valor na sua conta o que vale é a alma rica Fica a dica, aqui é sozinho Que você descobre que o que é certo é errado Nessa terra prego que se destaca sempre é martelado Eu tô vendo tudo, mais tudo ainda não me vê, de lei Se sobreviveu vive, você decidi, o meu já sei Bate as mantas, abre o olho e fica esperto, e lembre-se Em terra de cego, quem tem olho, é rei